O design é a arte de combinar formas, linhas, texturas, luzes, materiais e cores para criar um espaço ou objeto que satisfaça três pontos fundamentais: a função, as necessidades objetivas e subjetivas dos usuários e a utilização coerente e harmônica dos materiais.
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Para uma loja de moda essas premissas são fundamentais, já que o espaço comercial tem que ser funcional e privilegiar o sistema de vendas (assistido ou autosserviço), atender as necessidades do consumidor, da logística operacional da empresa e de seu posicionamento no mercado, estando tudo isso alinhado a escolha de elementos que devem agregar ao processo de comunicação da marca, por exemplo, uma marca vanguardista precisa refletir em seus produtos, comunicação e na loja escolhas e ações que se alinhem com essa intenção de ser.
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Para auxiliar no estudo do espaço e na construção de projetos de visual merchandising, é importante que o VM conheça os 7 princípios do design de interiores, já que serão portas eficientes na elaboração de bons e eficientes projetos comerciais.
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1. EQUILÍBRIO – É a referência visual mais forte e firme do homem pois o remete a necessidade instintiva de “ter os pés no chão”. A falta de equilíbrio gera tensão e, por isso, proporciona ênfase na leitura da imagem. Assim, àquilo que precisa ser comunicado como “estável ou positivo” deve ter equilíbrio e àquilo que é “instável ou negativo” deve ter desequilíbrio. O equilibro pode ser Simétrico, Assimétrico ou Radial.
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2. HARMONIA – Todo projeto deve ser harmônico e coerente. Preferencialmente, deve representar um conjunto de ideias, e não ideias diferentes sem nenhuma associação. A harmonia é alcançada através do equilíbrio sensível de variedade e unidade entre algumas características comuns, como contornos, linhas, texturas, cores e temáticas.
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3. UNIDADE E VARIEDADE – É a coerência entre a filosofia da empresa e o espaço onde está representada. Deve haver coerência entre cores e materiais, nas formas e nos ambientes de um mesmo projeto. A variedade entre os projetos é importante para buscar garantir individualidade e coerência com as necessidades locais.
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4. RITMO – É a repetição de uma forma ou elemento. Por exemplo cores, linhas, curvas. Este ritmo não é uma repetição enfadonha, mas sim algo que ajuda a dar unidade ao projeto. A repetição ajuda a criar movimento (dinamismo = moda).
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5. TAMANHO, ESCALA E PROPORÇÃO – Envolve a relação de tamanho entre os objetos e o homem. A escala visual que se usa na decoração é comparada com o espaço físico e não com quem vai utilizá-lo. Os objetos devem estar em conformidade com o ambiente, ou seja, espaços grandes aceitam objetos maiores, porém, deve-se pensar no impacto que algo fora de escala pode ocasionar no cliente. Uma escala pode ser toda modificada pela introdução de uma referência conhecida ao meio.
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6. CONTRASTE – É a ocorrência de diferentes elementos, tais como a cor, o valor, tamanho, etc. o que pode acrescentar vida e movimento ao projeto. Pode-se explorar também contraste entre estilos, texturas, iluminação etc.
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7. ÊNFASE E CENTROS DE INTERESSE – São os pontos focais do projeto, os locais para os
quais o designer quer que os usuários olhem. Diferentes pontos de interesse próximos entre si podem confundir. Particularmente no visual merchandising esses centros de interesse concentram-se nos Pontos Focais, Corners e Paredes de Destaque.
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Informações adaptadas e expandidas de “Projetando Espaços: Guia de Arquitetura de Interiores para áreas comerciais” de Miriam Gurgel (Editora Senac).