O Visual Merchandising (VM) está presente na maioria dos lugares que frequentamos indo desde o comércio ambulante até grandes centros comerciais. Na maioria das vezes não o percebemos e é justamente por isso que ele é conhecido como o “Vendedor Silencioso”, pois seu objetivo principal é justamente fazer com que o produto possa se vender sozinho dentro do ponto de venda (PDV).
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Segundo Regina Blessa, “merchandising é qualquer técnica, ação ou material promocional usado no ponto de venda que proporcione informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços, com o propósito de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores” (Merchandising no PDV, 2001).
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O Visual Merchandising, então, envolve desde a fachada, passando pelas vitrinas e vai até a arquitetura em geral da loja, mas é na distribuição do layout e organização dos produtos que tudo se completa. Primeiramente o cliente precisa ser atraído para o interior do estabelecimento (seja ele uma loja de roupas ou qualquer outro tipo de comércio), depois é preciso estimular esse consumidor a permanecer no local e desfrutar de uma experiência positiva que o faça sentir-se realizado com a compra e tenha interesse em retornar.
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Fachada FLOWERS. A Galeria Melissa na Oscar Freire em
São Paulo renova o design da fachada a cada troca de coleção. |
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Galeria Melissa – Fachada Rainbow.
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Os principais fatores que motivam as pessoas a comprarem alguma coisa são:
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Motivos Racionais: Estão relacionadas a esse grupo as compras realizadas para suprir uma necessidade básica como alimentação, sede, moradia, etc. São também conhecidas como necessidades fisiológicas.
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Motivos Emocionais: Para suprir as necessidades básicas ou fisiológicas, o consumidor se preocupa inicialmente com a economia, dinheiro disponível, durabilidade do produto, segurança e custo-benefício, e isso é naturalmente suprido com compras mínimas. Porém a maioria das pessoas costuma comprar muito além do que necessitam, e o que motiva essas compras envolve mais os sentimentos do consumidor do que pensamentos lógicos, e é justamente ai que o VM entra em ação.
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O Visual Merchandising é uma das principais, se não a mais importante ferramenta de venda no varejo atual. É através do VM que os produtos ganham o destaque desejado para provocar desejo de compra no consumidor.
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Existem alguns conceitos básicos de VM que devem ser colocados em pratica para impulsionar as vendas, independente do tipo de comércio, tais como:
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1 – A mercadoria precisa estar visível.
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Produtos precisam ser vistos, tocados e sentidos. Não adianta mostrar sem deixar que o cliente sinta o produto. Compras realizadas por motivos emocionais são provocadas principalmente pelas sensações emitidas ao consumidor dentro do PDV, como estimular seus sentidos sensoriais (leia mais sobre esse assunto no post “
Percepções sobre os cinco sentidos no varejo”).
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2 – A Mercadoria Precisa estar Facilmente Acessível
Embora nosso sentido dominante para captar informações seja a visão, tocar a mercadoria ajuda a estabelecer uma conexão emocional entre o produto e o consumidor. Em estabelecimentos de autosserviço, como supermercados e magazines, essa conexão é ainda mais importante, uma vez que o cliente faz suas escolhas por si só sem a necessidade da interferência de um funcionário.
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IMPORTANTE: Sempre que uma produção é feita em um manequim ou display, os produtos devem obrigatoriamente estar o mais próximo possível da exposição para que o cliente os encontre facilmente.
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3 – Direcionar o Cliente dentro da Loja
O layout de uma loja deve proporcionar ao cliente uma sensação de liberdade de escolha, e naturalmente
ele deve guiar esse consumidor a todos os ambientes da loja. A sinalização e Comunicação Visual são os principais aliados do VM nesse sentido.
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Quando entramos em uma loja, somos naturalmente atraídos pelos ambientes e equipamentos que mais condizem com nosso estilo de vida, essa percepção se dá através da forma com que os equipamentos estão posicionados, as produções nos manequins e a comunicação visual utilizada para dar ênfase ao estilo dos produtos daquele ambiente.
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Isso pode ser observado facilmente nos magazines que comercializam roupas, acessórios e muitas vezes
objetos de decoração e produtos para a casa em geral, tudo em uma mesma estrutura.
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Para cada espaço reservado aos diferentes segmentos de uma loja ou magazine existe uma comunicação visual direcionada ao estilo de vida a qual aqueles produtos pertencem.
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Por exemplo, nos projetos mais recentes da Loja Seller, magazine com sede no interior de São Paulo e com filiais em mais dois estados (MG e MS), a arquitetura foi adaptada para abrigar um PUB dentro do segmento jovem masculino.
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PUB é um estilo de bar muito popular no Reino Unido, República da Irlanda e outros países de influência britânica, como Austrália ou Nova Zelândia. Um PUB distingue-se de outros bares por manter o estilo medieval com pouca iluminação, o que o transforma num ambiente muito acolhedor e que funciona como ponto de encontro de amigos. Esse estilo de bar tem apresentado bastante sucesso, sendo cada vez mais frequente encontrá-los em diversas cidades pelo mundo afora.
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Loja Seller no Shopping Center Limeira, em Limeira/SP. |
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Loja Seller no Shopping Parque das Bandeiras, em Campinas/SP |