Overview (Parte II) do 30º Backstage do Varejo: o visual merchandising para além da moda

3 – AquaRio

Seguindo com os palestrantes do 30º Backstage do Varejo promovido pela ABIESV, Juliana Neves arquiteta e fundadora da Kube Arquitetura tratou do tema Visual Merchandising baseado no propósito da marca como sendo o elemento que direciona todo o projeto e demais ações de um PDV. Juliana abordou alguns conceitos estratégicos de grande importância para o Visual Merchandising:

– A loja é a casa da marca, onde acontece o contato mais íntimo do cliente com a marca. E a “casa” deve estar sempre arrumada para receber um convidado importante como o cliente;

– A loja é a espinha dorsal que une todos os pontos da marca e conecta com o cliente;

– A loja deve tangibilizar os valores da marca de forma autêntica;

– O Storytelling é um recurso muito importante para expressar esses valores;

– O Visual Merchandisig é um agente que ajuda a loja na mídia;

– Tendências de mercado são efêmeras e devem ser trabalhadas com cuidado, pois na arquitetura não se deve fazer algo que pode mudar toda hora;

– O cliente deve ser o cocriador da história e de conceitos relacionados à marca, isso desperta senso de pertencimento e comunidade.

Para ilustrar, ela trouxe cases interessantes que foram desenvolvidos dentro dessas abordagens:

Laundry Express – Copacabana: Lavanderia toda ambientada como um closet para transmitir acolhimento, semelhante à casa;

Aqua Rio – Porto Maravilha, Rio de Janeiro: Todo visitante passa pela loja no final do passeio pelo aquário, a estrutura da loja se torna uma extensão das experiências vivenciadas com uma ambientação orgânica, jogo de luz e cores que remetem ao fundo do mar;

Ijen Restaurant – Bali: Com o conceito de desperdício zero, o restaurante é todo feito à partir de materiais e resíduos que seriam jogados fora.

Para fechar o evento, tivemos uma palestra internacional com o simpático Jon Harari CEO e co-fundador do WindowsWear, o maior banco de dados virtual do mundo de Visual Merchandising. O tema abordado por ele foi “Visual Merchandising na Era da Realidade Aumentada”. Ele já iniciou com um dado surpreendente de que o número de usuários de realidade aumentada será de 100 milhões no próximo ano.

Segundo Jon, os aplicativos de realidade aumentada já estão disponíveis nos celulares de muitos usuários e em breve será ainda mais popular vide o exemplo do jogo Pokémon Go que foi febre recentemente e movimentou pessoas de todas as gerações para interagir e compartilhar a experiência desse jogo. Mas o que isso tem a ver com o varejo?

A realidade aumentada coloca ênfase na loja física, o ambiente de loja deverá estar preparado para proporcionar a experiência com realidade aumentada que esse novo consumidor estará em busca.

O investimento do varejo deverá ser focado não no hardware dessa tecnologia, pois o hardware é o próprio smartphone que o cliente leva consigo. O foco deverá voltar-se para:

– Ambiente de loja: com a loja preparada para a realidade aumentada cada consumidor terá uma experiência customizada no ponto de venda;

– Entrada de loja: atualmente a coleta de dados de um cliente é feita no final do processo da compra ao passar pelo caixa. Com a realidade aumentada, assim que o cliente entrar na loja seus dados serão escaneados e estarão disponíveis para direcionar a compra. E assim, o caixa também será obsoleto;

– Mídias sociais e geração de conteúdo: atualmente o cliente já chega na loja conectado com a marca através das redes sociais e isso será cada vez mais comum, entrar num site será algo obsoleto muito em breve. Os novos varejistas serão as redes sociais, a compra será feita diretamente através delas, pois é ali que acontece o engajamento dos clientes com a marca.

Falando assim parece tudo distante, mas o próprio Jon fez com o público ali presente uma reflexão: como compartilhávamos fotos há 20 anos? Foto era feita com câmera analógica, revelação do filme fotográfico e colocada num álbum. Hoje temos a tecnologia do nosso celular para compartilhar imagens instantaneamente nas redes sociais. A realidade aumentada, como já mencionado anteriormente, será muito popular em pouco tempo e, assim, será utilizada com a mesma naturalidade (e velocidade) com que compartilhamos imagens e informações.

Veja alguns cases de marcas que já usam essa tecnologia a seu favor no ponto de venda e estão levando experiência de compra para seus clientes.

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