Zara se envolve pela 3ª vez em polêmica anti-semita

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A loja de roupas e acessórios Zara está, mais uma vez, envolvida em uma polêmica. Nesta quarta-feira (27/08/2014), o jornal israelense Haaretz acusou a marca de fabricar uma camiseta extremamente parecida com o pijama utilizado por judeus nos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial.
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A empresa espanhola estava oferendo em seu site de vendas online uma camiseta com listras horizontais e uma estrela de “xerife” no peito. Ainda que os pijamas do Holocausto tivessem listras verticais, a semelhança é assustadora. A estrela de seis pontas com a palavra “sheriff” foi colocada na roupa da Zara exatamente na mesma posição em que os judeus eram obrigados a portar uma Estrela de Davi escrito “judeu”.
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Esse, porém, não foi o primeiro episódio da marca. Em 2010 os israelenses tiveram que reclamar das vitrinas natalinas da Zara em seu país. Apesar de ser um país predominante judeu, elementos natalinos cristãos estavam expostos. Nada de Chanukiot, piões, velas ou lâmpadas típicas de Chanuká. A loja disse que as vitrinas são padronizadas para toda a rede, mas trocou alguns adereços prontamente a fim de resolver a questão.
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antes e depois da alteração
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Noticiado em 2007, a comunidade judaica espanhola gritou ao mundo que a Zara estava comercializando um modelo de bolsa com um bordado da suástica (símbolo que representou o Nazismo). A empresa alegou que o produto fora feito em facções na Índia, onde não se “demoniza” o símbolo, mas os retirou prontamente das lojas.
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Fonte: Jornal Haaretz
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1 COMENTÁRIO

  1. Com o lançamento no mercado desta peça de roupa, a Zara viu a sua notoriedade ameaçada. A comunicação integrada de Marketing exige que a mensagem passada ao(s) público(s) seja coesa, de forma a minimizar o ruído e ajudar na consolidação e posicionamento da marca na mente do consumidor. Ora sempre que um novo produto é desenvolvido, deve ser voltado para os consumidores, clientes e portenciais clientes, e nesse sentido a estratégia de comunicação integrada de Marketing da Zara falhou.
    A Zara, uma marca internacional, não teve em conta o seu público-alvo. Deveria ter analisado possíveis variações do mesmo como a área geográfica e as condições culturais e sociais. O produto esteve à venda na loja online e em algumas lojas físicas em países como Israel. Ora a comunidade judaica foi a principal afetada pela comercialização do pijama, sentiu-se ofendida com a semelhança a um período histórico doloroso para a mesma. Não foi também analisado o histórico da comunicação, porque já casos semelhantes sucederam com a Zara e outras marcas, exemplos de má comunicação de produtos.
    Gerou-se e-WOM (word of mouth). No mundo online o produto tornou-se viral, porém de forma negativa, com severas críticas à Zara. Verificou-se uma falha dos objetivos quantitativos de marketing, porque ao invés de aumentar o volume de vendas a zara pode ter perdido consumidores (alguns clientes manifestaram-se nas redes sociais, afirmando que nunca mais iriam comprar algo da marca). A Zara retirou a peça do mercado a fim de terminar com o ruído negativo.

    Porém, fica a dúvida se a criação do pijama controverso não teria sido uma estratégia para atrair a atenção por parte do consumidor e aumentar as vendas, tal como o pedido de desculpas inevitável que foi motivo de notícia e divulgou a marca. Terá este sido um verdadeiro fenómeno de marketing?

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