Upcycling: sustentabilidade e diferenciação para o visual merchandising

Nunca se falou tanto em upcycling como agora. Mas, afinal, o que é isso?
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É um termo em inglês que designa algo bastante comum no Brasil. Lembra daqueles famosos 3Rs? (Reduzir, reutilizar e reciclar). Pois é, upcycling nada mais é do que o R de Reutilizar, ou seja, dar um novo uso para algo que está para ser descartado, seja porque ficou velho, esquecido, já foi explorado suficientemente, porque o interesse comercial já findou seu ciclo de vida ou porque não há recursos financeiros para aquisição de novos itens de reposição.
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Upcycling é o oposto de downcycling, o qual se refere a reciclagem e deve ser a última opção da indústria e do varejo, já que um processo de reciclagem envolve o consumo de matérias-primas virgens e o uso de insumos importantes como água e energia. Downcycling é a transformação física ou química do material.
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O termo upcycling foi descrito pela primeira vez em 1994 pelo ambientalista alemão Reine Pilz, mas, somente em 2002 que ganhou visibilidade por intermédio do livro “Cradle to Cradle: Rethinking the way we make things” (Do berço ao berço: repensando nossa forma de fazer as coisas), escrito pelo arquiteto William McDonough.
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Frente a crise econômica mundial que se arrasta desde 2008 afetando o faturamento das empresas, uma nova mentalidade social que tem privilegiado as questões ambientais com vistas a uma gestão mais sustentável, o alto custo para personalização de equipamentos para o ponto de venda (PDV) e o encurtamento do ciclo de vida da ambientação das lojas, os varejistas têm optado em customizar seus velhos aparelhos e objetos decorativos e dar nova vida a eles, assim, artigos que num passado recente jamais caberiam num contexto comercial hoje são artigos de diferenciação.
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A ideia do upcycling vai além do ser sustentável, permite que os lojistas criem uma personalidade única para o seu espaço comercial, já que as soluções em móveis, equipamentos, decoração e expositores serão únicas, favorecendo uma experiência de compra única também. Assim, o upcycling talvez seja o recurso de maior potencialização do visual merchandising no varejo contemporâneo.
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Para um bom uso do upcycling é preciso criatividade, tempo e domínio das técnicas manuais. Por exemplo, transformar um guarda-roupa vintage num expositor de roupas moderno requer lixas, demãos de tinta e acessórios periféricos adequados para exposição dos produtos, isso, sem contar a necessidade de ajustes no móvel como alinhamento da verticalidade ou substituição de partes danificadas pelo tempo. Para tanto, é preciso um profissional com olhar estético e técnico.
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Veja esse exemplo (incrível) de como um olhar mais atencioso e o domínio das manualidades pode transformar algumas simples caixas de papelão ondulado num móvel resistente para exposição de acessórios ou ambientação de vitrines.
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Garrafas de vidro podem virar luminárias, tambores e banheiras podem virar poltronas, bicicletas velhas transformam-se em mesas de exposição, caixotes em cadeiras, pallets em balcões de atendimento… são tantas as opções que fica difícil priorizar. Por isso, separei uma relação de ideias para você se inspirar. Afinal, o limite das coisas está na capacidade das pessoas e não nos materiais. A criatividade não deve ter limites!
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