Alterando a percepção de preço para o shopper

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O design de uma loja e o visual merchandising podem influenciar as percepções de preço dos consumidores
de dois modos: fazer os produtos parecerem mais acessíveis ou mais caros. Tudo depende do contexto no qual a mercadoria é apresentada.
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Importante salientar que essas técnicas funcionam melhor dentro de um ponto de venda congruente, ou seja, usar isoladamente qualquer um dos recursos abaixo pode não trazer o resultado esperado.
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Por exemplo, se um varejista desejar transmitir baixo preço, as sugestões são:
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– usar combinação de cores amarela e vermelha, que os consumidores aprenderam a associar a liquidações e lojas de desconto.
– usar ambientes não rebuscados.
 – cartazes que informam o preço normal de venda e o preço de liquidação (“De-Por” – De R$59,90 Por R$19,90)
 – usar preços decimais nas etiquetas ajuda na associação com produtos populares, além de induzir a leitura para a dezena de baixo (R$6,99; R$29,90)
 – expor grande quantidade de cada produto (massificação) reforça a ideia de que um grande lote foi comprado e, por isso, precisa ser vendido a preços interessantes.
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 GAP é uma marca popular que quer parecer popular, por isso usa muito contraste de cor, muita comunicação visual, expõe muitas peças de um mesmo modelo e dá ênfase ao preço do produto.
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Se, por outro lado, o varejista deseja uma imagem exclusiva e de alto preço para um produto, as técnicas abaixo podem ajudar:
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– colocar o produto entre outros de alto preço aumentará a sua exclusividade percebida (técnica de comparação).
 – apresentar um produto sozinho sobre um pedestal ou sob uma cobertura de vidro também o fará parecer mais luxuoso ou exclusivo.
 – escolha músicas, cores e texturas para o ambiente que remetam ao clássico ou luxuoso, por exemplo, o jazz, a bossa nova ou carpetes para o piso.
 – quanto menor a quantidade de itens expostos para uma mesma categoria de produtos, mais exclusiva a loja parecerá para o consumidor.
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Zara é uma marca popular  que quer parecer sofisticada, por isso usa ambientes clássicos, com baixo contraste de cor, poucos produtos expostos por modelo, o mix de produtos não é amplo, as etiquetas de preços são pequenas e discretas e há pouquíssima comunicação visual.
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Fonte: Claus Ebster; Marion Garaus; Naresh Malhotra (org). “Design de loja e Merchandising Visual – criando um ambiente que convida a comprar”. Editora Saraiva.

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