Orientações para uma (boa) fachada de loja

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Qual a importância da fachada para uma loja? Pode parecer que esta questão tenha uma resposta óbvia, mas o tema é um pouco mais complexo do que parece e tem vários detalhes que precisam ser pensados.
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A fachada da loja é parte fundamental da identidade da marca e, por obrigação, deve comunicar isso aos seus clientes – principalmente aos novos, que ainda não conhecem ou pouco se relacionam com a marca.
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É a fachada quem faz o primeiro convite ao shopper para entrar no ponto de venda, o qual vai ser aceito ou não em função da sua avaliação. Pois, pela entrada da loja é que o indivíduo terá a percepção do que ela vende, para qual público se comunica e o valor dos produtos.
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Por isso, para criar uma boa fachada de loja é preciso estar atento a alguns itens importantes que veremos a seguir.
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Materiais
No revestimento da fachada podem ser usados diversos materiais, pedra, metal, madeira, plantas, vidro, espelhos, papel de parede, azulejo, a escolha do melhor revestimento dependerá da localização da loja e da imagem pretendida.
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No shopping tem-se uma maior liberdade para trabalhar uma variedade de materiais, já nas lojas de rua, dependerá da localização, por exemplo, locais históricos tem limitações já que as fachadas devem ser preservadas e certos materiais não podem ficar expostos as intempéries, como o papel de parede.
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Fachada do imóvel preservada na cidade tombada de Ouro Preto/MG: as lojas têm recuo dentro do imóvel para construção de suas fachadas e vitrinas.
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Nas cidades onde há um estilo arquitetônico predominante também é preciso adequar a fachada da loja com a arquitetura do lugar, por exemplo, cidades como Gramado/RS ou cidades praianas. Já nos grandes centros urbanos é possível ousar mais na diversificação de materiais para a entrada da loja, uma vez que a inovação é a caraterística esperada pelos consumidores.
à esquerda lojas na cidade de Gramado/RS e à direita lojas na cidade de Paraty/RJ:  em ambas cidades o estilo arquitetônico dos imóveis é respeitado, mesmo para construções novas ou cadeias de lojas.

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A escolha do revestimento da fachada também deve estar de acordo com a proposta e imagem da marca para não causar ruído na comunicação, isto é, lojas que vendem produtos mais clássicos para um público mais conservador devem optar por materiais que transmitam essa essência, com as pedras (mármore, granito, pedra São Tomé), metais e espelhos. Lojas despojadas podem optar pelas madeiras, revestimentos cerâmicos, plantas e tijolos, enquanto lojas jovens têm a opção dos polímeros, concretos e vidro temperado.
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Cor
A cor é um elemento muito delicado, fazer um ton sur ton pode ficar cansativo aos olhos dos passantes e afugentá-los da obviedade, já uma cor que não se comunique com as cores da marca também pode ser um erro de comunicação.
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É preciso estudar profundamente a imagem da marca, as cores que combinam com essa identidade e conhecer o impacto da cor no público-alvo, já que trata-se de um processo idiossincrático.
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Por regra, cores claras exigem maior cuidado com a manutenção e limpeza regular para que não fiquem com aspecto de sujo e envelhecido. Cores escuras demandam menor manutenção, porém não comunicam bem para todos os segmentos, além de exigirem maior esforço de iluminação.

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Vitrina
Deve seguir a mesma arquitetura da fachada, afinal é um elemento que complementa a frente da loja, convidando o cliente a entrar. A vitrina informa para o cliente os produtos que são vendidos no estabelecimento, estilo, preço e é fundamental na construção da imagem da marca. É importante que toda a comunicação trabalhada na vitrina, de elementos decorativos às roupas dos manequins, esteja em sinergia com o conceito da fachada.
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Porta
Além das variações de design, pode-se optar por:
  • Porta que fica constantemente aberta: é convidativa ao fluxo espontâneo de qualquer cliente, o que sugere uma loja popular.
  • Porta fechada com maçaneta: é seletiva e, por isso, sugere acesso restrito.
  • Porta automática: abre na presença do cliente via sensor, sugere modernidade e transita entre o popular e o exclusivo, além de permitir uma melhor climatização da loja.
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Iluminação
Nas lojas de rua a iluminação ganha maior importância por reforçar a imagem e a presença da marca aos transeuntes que durante a loucura do dia podem não nota-la, por isso, deixar a fachada e as vitrinas iluminadas à noite pode ser uma boa estratégia. A iluminação não deve causar reflexos nas vitrinas, deve iluminar as paredes e contornos do prédio e contrastar com a iluminação pública. O maior cuidado é quanto à manutenção das lâmpadas queimadas.
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É pela fachada da loja que começa a experiência pré-compra do cliente, e hoje o shopper procura mais que um produto, ele quer um design, uma sensação, um estilo, vivenciar uma experiência impactante, independentemente da sua classe social. O comportamento de compra mudou e as lojas devem evoluir no mesmo sentido.
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